("Afinal de contas, temos de impedir que os terroristas voltem a atacar, certo? E que melhor forma de o fazer do que começar a vigiar tudo e todos e a controlar e prestar muita atenção a quem ameaça a integridade e a segurança dos Estados responsáveis por toda essa mesma protecção?")
Uma das coisas que fiz no meu tempo de jornalista cidadão, a começar logo no segundo dia após os atentados, quando publiquei a tradução deste artigo, foi chamar repetidamente a atenção para o facto destes ataques, e toda a paranóia que com eles se instalava, serem constantemente usados como principal argumento para adoptar novas medidas de vigilância e introduzir legislação atrás de legislação que foram gradualmente eliminando vários direitos fundamentais, no domínio da privacidade e do dito Estado de Direito, não só nos EUA, como também, mais lentamente, na Europa, sendo, nos meses que se seguiram aos atentados, o caso mais falado por mim e outros activistas o do "USA PATRIOT Act", aprovado uns meros 45 dias após os atentados e o qual literalmente eviscerou uma boa parte da Carta de Direitos norte-americana.
Aquando da descoberta da proposta de mais um desses pacotes de leis restritivos da Liberdade, no outro lado do Atlântico, avisava a dada altura: "Peguem nos atentados de 11 de Setembro, no 'USA PATRIOT Act' que lhe seguiu e no recente 'Domestic Security Enhancement Act' (também conhecido como 'Patriot Act II'), comparem-nos com o pequeno texto que se segue e vejam onde é que os tipos foram buscar a inspiração: [hiperligação]".
Dez anos volvidos após os atentados, com leis e projectos de vigilância que tinham recebido fortes críticas a serem implementados sob outros nomes, através do recurso a artimanhas legislativas e burocráticas, os EUA já não são definitivamente um bom lugar para se viver. E estão já muito perto de se tornar um verdadeiro estado policial.
(Sei que isto soa incrível para quem só lê e vê imprensa controlada e não faz ideia do que lá se passa.) Sobre esta última temática, irei também aqui fazer uma colocação, mas por agora, deixo-vos com o primeiro documentário que descobri sobre os atentados de 11 de Setembro, quando há anos explorava os confins da Internet à procura de informação de interesse.
Andava eu então, no início de 2003, a vasculhar um desconhecido grupo de notícias da Usenet - já não me lembro se sobre a CIA e tráfico de drogas, ou se sobre o assassinato de JFK - quando, a dada altura, me deparei com a referência a um vídeo... "9/11: The Road to Tyranny".
"Ora aí está um título que faz todo o sentido..." - pensei na altura ao lê-lo, depois de já repetidas vezes ter feito a associação entre os dois elementos da frase - "Deixa cá então ver isto..."
O resultado foi um dos maiores choques que apanhei e um documentário que me deve ter deixado boquiaberto durante a maior parte do tempo que o vi.
(Certamente um bom exemplo do que quer alguém dizer, quando descreve algo com que se depara como informação que quase literalmente "rebenta com a mente" de uma pessoa...)
Tendo sido esta a maneira como fui também introduzido ao trabalho de Alex Jones. Um anfitrião de programas de rádio, com um estilo muito energético com que na altura me identificava, que recentemente passou a fronteira da chamada imprensa alternativa para ocupar já um lugar de destaque na imprensa norte-americana, estando já a ser alvo de várias tentativas de ataque à sua credibilidade e de ridicularização, que são de esperar para quem chama a atenção de muita gente.
Este era então o muito bom documentário que ele fazia, há nove anos, com os limitados recursos ao seu dispor na altura.
(Se tiverem problemas com o vídeo, podem descarregá-lo aqui. As fontes para o documentário estão aqui.)
Um bom complemento a este vídeo, poderá ser (apesar de alguns erros factuais) o que se lhe seguiu intitulado The Masters of Terror. (Algumas das fontes usadas no mesmo, estão arquivadas aqui.)
E outro muito bom complemento (também da autoria de Alex Jones) a estes filmes, poderá também definitivamente ser uma importante entrevista - áudio e transcrição - feita em Março de 2003, a um advogado que representava mais de 400 famílias das vítimas dos atentados, que tira quaisquer dúvidas que alguém possa ainda ter quanto à autoria dos ataques.
Com isto termino esta pequena série de colocações sobre o 11 de Setembro que me propus fazer. Quando se aproximar o 10º aniversário dos atentados, deverei publicar e colocar aqui mais algumas coisas com que tentarei complementar o que disse.
Para quem quiser adquirir bons livros sobre o tema, que sobrevivam na Era Pós-Industrial que se aproxima,
Algo que não refere aqui é a destruição em massa de tesouros arqueológicos antiquíssimos, babilónicos, assírios e até sumérios da época pré-diluviana. Porquê? Porque um dos objectivos é apagar a memória para poder construir uma história que convenha ao controle mental das populações.
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