Se é produzir mais que querem, então contratem mais pessoas, que há muita gente a querer trabalhar.
Não nos tirem é o que há já muitos anos foi conquistado com muito esforço e pelo qual tiveram de morrer pessoas.
Teriam de baixar os salários? Então que o façam e repartilhem os sacrifícios por todos.
Torna-se incomportável o baixo valor destes? Então que se repense todo este modelo politico-económico e social, que funciona segundo a lógica de mercado global, que tem sempre como consequência a diminuição dos salários e o empobrecimento de toda a população e que se considerem então outras alternativas.
Mas será que é mesmo produzir mais que querem? Ou usar toda esta crise como desculpa para explorar ainda mais as pessoas?
"É óbvio, meu caro Watson !"
ResponderEliminarConfesso que estou cansado desta monstruosa vigarice ( que entretanto chegou ao estágio final ) e muito mais da "alegre" letargia ( resultado directo de ignorância ) dos nossos compatriotas.
A questão da produtividade é uma treta e só serve para diminuir o, já desde si pequeno, ego do trabalhador português.
A questão real é a "incapacidade" em vender os nossos produtos genuínos. Produzir o que os outros fazem a preços mais competitivos, ou seja, com base em mão de obra mais barata, é uma tolice.
Os nossos governos dos últimos 30 anos, quer tenha sido de propósito ou não, em conjugação com as "normas" da CEE e posteriormente da UE, tem destruído, bloco atrás de bloco, toda a nossa capacidade produtiva e principalmente a nossa capacidade de "auto-suficiência" em termos alimentares.
Não tenho dúvidas que o objectivo era mesmo esse, primeiramente com a perda parcial de soberania perante uma união económica europeia ( que nos foi apresentada como solução para a crise e intervenção do FMI em 1985/6 ), seguida da perda de capacidade de emitir moeda ( 2000 ) e de mais perda de soberania em resultado do Tratado de Lisboa, culminando com a perda TOTAL de soberania devido à crise da dívida "soberana" que, aliás, era expectável.
Até quando portugueses?