sexta-feira, 14 de outubro de 2011

8 horas de trabalho

Se é produzir mais que querem, então contratem mais pessoas, que há muita gente a querer trabalhar.
Não nos tirem é o que há já muitos anos foi conquistado com muito esforço e pelo qual tiveram de morrer pessoas.
Teriam de baixar os salários? Então que o façam e repartilhem os sacrifícios por todos.
Torna-se incomportável o baixo valor destes? Então que se repense todo este modelo politico-económico e social, que funciona segundo a lógica de mercado global, que tem sempre como consequência a diminuição dos salários e o empobrecimento de toda a população e que se considerem então outras alternativas.
Mas será que é mesmo produzir mais que querem? Ou usar toda esta crise como desculpa para explorar ainda mais as pessoas?

1 comentário:

  1. "É óbvio, meu caro Watson !"
    Confesso que estou cansado desta monstruosa vigarice ( que entretanto chegou ao estágio final ) e muito mais da "alegre" letargia ( resultado directo de ignorância ) dos nossos compatriotas.

    A questão da produtividade é uma treta e só serve para diminuir o, já desde si pequeno, ego do trabalhador português.
    A questão real é a "incapacidade" em vender os nossos produtos genuínos. Produzir o que os outros fazem a preços mais competitivos, ou seja, com base em mão de obra mais barata, é uma tolice.
    Os nossos governos dos últimos 30 anos, quer tenha sido de propósito ou não, em conjugação com as "normas" da CEE e posteriormente da UE, tem destruído, bloco atrás de bloco, toda a nossa capacidade produtiva e principalmente a nossa capacidade de "auto-suficiência" em termos alimentares.
    Não tenho dúvidas que o objectivo era mesmo esse, primeiramente com a perda parcial de soberania perante uma união económica europeia ( que nos foi apresentada como solução para a crise e intervenção do FMI em 1985/6 ), seguida da perda de capacidade de emitir moeda ( 2000 ) e de mais perda de soberania em resultado do Tratado de Lisboa, culminando com a perda TOTAL de soberania devido à crise da dívida "soberana" que, aliás, era expectável.

    Até quando portugueses?

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