sexta-feira, 22 de abril de 2011

O estado a que chegámos...

Um comentário que publiquei há pouco no blogue do Daniel Estulin, que penso ser de interesse partilhar, para que tenham todos um pouco de consciência do estado de decadência - em termos educacionais, culturais e intelectuais - a que esta sociedade chegou...
E, já agora, aqui vai outro, também possivelmente de interesse, sobre o mesmo tema.

3 comentários:

  1. Frederico,

    Se existem factos que comprovam a grande possibilidade, tal como designas, de uma próxima " Idade das Trevas", o resultado de 20 anos de degradação da qualidade de ensino é um deles.
    É verdadeiramente arrepiante comunicar com alguns ( mesmo licenciados ) e imaginar que serão estes "intelectos", um dia, a serem responsáveis pelo futuro...

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  2. Fernando,

    Peço imensa desculpa por ter trocado o teu nome...

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  3. Não há qualquer problema quanto à troca do nome.

    É de facto muito preocupante.
    E nem sei o que é pior... Se a estupidificação, ou a domesticação...
    Se as pessoas estivessem apenas estupidificadas, e ainda houvesse quem quisesse lutar, os muito poucos que tivessem escapado ao processo de estupidificação ainda podiam ir dando algumas dicas e, à medida que as coisas fossem progredindo, ainda se podia ir invertendo a tendência... Mas, infelizmente, neste país, não havendo - à excepção de quem propõe ditaduras comunistas como alternativa - quem queira resistir, só vejo mesmo é as coisas a afundar-se.
    Os poucos que vejo que não foram eficazmente domesticados, esses, demonstram pelo seu modo de agir, não ter no entanto, em nada, escapado ao processo de estupidificação e de degradação moral... Sendo, na sua maioria, casos perdidos e acabando por constituir uma alternativa ainda pior ao actual estado das coisas.
    São de facto tempos muito decadentes os em que vivemos...
    Pois, como mencionei, a decadência estende-se também a outros níveis... À ausência de moral, à falta de valores, à não preservação e destruição recreativa em massa das poucas células cerebrais que ainda vão sendo utilizadas...
    Eu, que estou no início dos meus trintas, considero-me já parte de uma geração perdida. E se, nem mesmo quando fui politicamente activo, conheci ninguém, de uma idade próxima da minha, que partilhasse o meu tipo de valores e preocupações, há já muito que desisti de procurar por pessoas assim, oriundas de uma geração mais nova. Pois, pelo que vou sabendo das gerações mais jovens, as coisas só têm vindo a piorar. Podendo eu ver coisas incríveis, como miúdos que agora, por norma, aos treze anos já andam a queimar os neurónios em discotecas, só para dar um exemplo...
    É, por tudo isto, realmente uma nova Idade das Trevas que vejo à frente, gradualmente a surgir neste continente. E gerações inteiras que, pelo menos neste país, na sua esmagadora maioria, nada irão fazer para o impedir.
    O Daniel Estulin vai buscar o seu optimismo, relativamente à Europa, às gerações mais novas, nas quais ainda vê alguma esperança. No meu caso pessoal, são exactamente as gerações mais jovens a fonte essencial do meu pessimismo... E assim que, neste país, as gerações anteriores à minha - nomeadamente as que fizeram e viveram o 25 de Abril - desaparecerem, vejo isto a afundar-se mesmo muito rapidamente.

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