Um comentário que publiquei há pouco no blogue do Daniel Estulin, que penso ser de interesse partilhar, para que tenham todos um pouco de consciência do estado de decadência - em termos educacionais, culturais e intelectuais - a que esta sociedade chegou...
E, já agora, aqui vai outro, também possivelmente de interesse, sobre o mesmo tema.
Frederico,
ResponderEliminarSe existem factos que comprovam a grande possibilidade, tal como designas, de uma próxima " Idade das Trevas", o resultado de 20 anos de degradação da qualidade de ensino é um deles.
É verdadeiramente arrepiante comunicar com alguns ( mesmo licenciados ) e imaginar que serão estes "intelectos", um dia, a serem responsáveis pelo futuro...
Fernando,
ResponderEliminarPeço imensa desculpa por ter trocado o teu nome...
Não há qualquer problema quanto à troca do nome.
ResponderEliminarÉ de facto muito preocupante.
E nem sei o que é pior... Se a estupidificação, ou a domesticação...
Se as pessoas estivessem apenas estupidificadas, e ainda houvesse quem quisesse lutar, os muito poucos que tivessem escapado ao processo de estupidificação ainda podiam ir dando algumas dicas e, à medida que as coisas fossem progredindo, ainda se podia ir invertendo a tendência... Mas, infelizmente, neste país, não havendo - à excepção de quem propõe ditaduras comunistas como alternativa - quem queira resistir, só vejo mesmo é as coisas a afundar-se.
Os poucos que vejo que não foram eficazmente domesticados, esses, demonstram pelo seu modo de agir, não ter no entanto, em nada, escapado ao processo de estupidificação e de degradação moral... Sendo, na sua maioria, casos perdidos e acabando por constituir uma alternativa ainda pior ao actual estado das coisas.
São de facto tempos muito decadentes os em que vivemos...
Pois, como mencionei, a decadência estende-se também a outros níveis... À ausência de moral, à falta de valores, à não preservação e destruição recreativa em massa das poucas células cerebrais que ainda vão sendo utilizadas...
Eu, que estou no início dos meus trintas, considero-me já parte de uma geração perdida. E se, nem mesmo quando fui politicamente activo, conheci ninguém, de uma idade próxima da minha, que partilhasse o meu tipo de valores e preocupações, há já muito que desisti de procurar por pessoas assim, oriundas de uma geração mais nova. Pois, pelo que vou sabendo das gerações mais jovens, as coisas só têm vindo a piorar. Podendo eu ver coisas incríveis, como miúdos que agora, por norma, aos treze anos já andam a queimar os neurónios em discotecas, só para dar um exemplo...
É, por tudo isto, realmente uma nova Idade das Trevas que vejo à frente, gradualmente a surgir neste continente. E gerações inteiras que, pelo menos neste país, na sua esmagadora maioria, nada irão fazer para o impedir.
O Daniel Estulin vai buscar o seu optimismo, relativamente à Europa, às gerações mais novas, nas quais ainda vê alguma esperança. No meu caso pessoal, são exactamente as gerações mais jovens a fonte essencial do meu pessimismo... E assim que, neste país, as gerações anteriores à minha - nomeadamente as que fizeram e viveram o 25 de Abril - desaparecerem, vejo isto a afundar-se mesmo muito rapidamente.